Atentar ao calendário de vacinas para idosos é tão importante quanto os demais cuidados de saúde para um envelhecimento ativo.
Nos dois últimos anos, falou-se muito em vacinação contra a covid-19, e os idosos estiveram nos primeiros grupos a receberem suas doses e doses de reforço. Isso ajudou a reduzir significativamente a mortalidade pela doença também nessa faixa etária.
Mas precisamos lembrar que a vacinação dos idosos vai além da imunização contra o coronavírus. Por isso, reunimos aqui um lembrete sobre algumas vacinas importantes para as pessoas acima de 60 anos.
8 vacinas importantes para idosos
Existem as vacinas de rotina, recomendadas para a maioria dos idosos, e aquelas que precisam de uma orientação médica específica. Ou seja: o esquema vacinal completo nem sempre é o mesmo para todas as pessoas com 60 anos ou mais.
Dependendo do histórico vacinal da pessoa, talvez seja necessária alguma dose de reforço. Há também vacinas indicadas apenas para pacientes com comorbidades, ou de acordo com o cenário epidemiológico de uma doença.
Confira a seguir as particularidades de algumas vacinas importantes para idosos.
Influenza (gripe)
A gripe é uma infecção transmitida pelos vírus influenza, que atacam o sistema respiratório e geram sintomas como tosse, dor de garganta, coriza, febre, dores musculares e dor de cabeça.
Devido ao número de mutações do vírus, a vacina para a gripe é considerada de rotina e deve ser tomada anualmente, em dose única.
Essa vacina é ofertada na Campanha Nacional de Vacinação contra a influenza e pode ser tomada de forma gratuita nos postos de saúde (UBS).
Vale lembrar que as atuais campanhas de vacinação contra a gripe ainda não incluem o imunizante contra a nova cepa do vírus H3N2. A vacina para esta variante está em produção e será distribuída ainda em 2022.
Pneumocócicas (VPC13 e VPP23)
Esta também é uma vacina que deve ser aplicada como medida de rotina, visto que ajuda a prevenir várias infecções, desde as leves, como otite (inflamação no ouvido) até as mais severas, como pneumonia bacteriana e meningite. Assim como a influenza, a pneumonia apresenta riscos graves em idosos, podendo levá-los a óbito.
A recomendação da vacina pneumocócica para idosos é de uma dose da VPC13 e de seis a doze meses depois tomar uma dose de VPP23.
Contudo, é importante conversar com profissionais da saúde para que cada caso seja avaliado e a aplicação das doses seja a mais eficaz possível. A vacina VPP23 é gratuita nas UBS para asilados e grupos de risco aumentado.
Febre amarela
A febre amarela é uma doença transmitida por mosquitos. Em centros urbanos, o principal vetor é o Aedes aegypti.
O idoso deve tomar essa vacina após uma avaliação da necessidade da imunização, como, por exemplo, se não tiver se vacinado previamente ou em casos de surtos da doença.
A vacina contra febre amarela é disponibilizada de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Hepatite B
A hepatite B é uma doença infecciosa que causa alterações no fígado. A vacina contra ela é aplicada em três doses, dentro de um período de seis meses. É uma vacina rotineira que pode ser tomada nas Unidades Básicas de Saúde.
Dupla adulto (dT)
Também indicada como uma vacina de rotina, a dupla adulto (dT) protege os idosos contra difteria e tétano. É importante lembrar que o histórico de vacinação deve ser considerado para a aplicação das doses da vacina, que são três no total.
Se o esquema de vacinação básico do idoso estiver completo, recomenda-se uma dose de reforço a cada 10 anos. Caso contrário, uma equipe de saúde deve ser consultada.
Essa vacina também é oferecida pela rede pública de saúde.
Meningocócica conjugada ACWY/C
É um tipo de vacina ministrada em dose única que age contra a bactéria Neisseria meningitidis, causadora de infecções como a meningite.
A necessidade de sua aplicação ou de reforços depende da situação epidemiológica da doença. É indicada caso o idoso viaje para uma área de risco, por exemplo. A vacina não é ofertada pelo sistema público de saúde.
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
O esquema vacinal da tríplice viral segue uma lógica parecida com a da vacina meningocócica: é aplicada em uma dose, em situações de risco aumentado, como surtos da doença, considerando a situação individual do idoso.
É uma vacina que não é oferecida pelo SUS e é contraindicada para pacientes imunodeprimidos.
Herpes zóster
A doença, conhecida popularmente por cobreiro, causa dores, coceira e erupções cutâneas. A vacina é recomendada para todos os idosos, mesmo para quem já desenvolveu a herpes zóster, mas, nesse caso, é necessário aguardar um intervalo mínimo de um ano entre o quadro agudo e a aplicação da vacina.
Ela deve ser tomada em dose única e não é oferecida pelas unidades públicas de saúde.
Além das vacinas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, é possível encontrá-las em clínicas particulares. Algumas incluem o serviço de agendamento e vacinação domiciliar.
Vale reforçar que as vacinas são seguras, eficazes e contribuem para a qualidade de vida das pessoas, desde a infância até a terceira idade. Em caso de dúvidas, procure ajuda médica para seguir os cuidados indicados para você e sua família.
Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.
Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Fontes: SBI | Ministério da Saúde
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