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TPM não é frescura: conheça os diferentes tipos



Esses são só alguns dos possíveis incômodos e reações causados pela TPM, a tensão pré-menstrual. Muitas vezes tratado como motivo de piadas e considerado um exagero, esse conjunto de sintomas que podem ocorrer todo mês antes da menstruação causa alterações físicas e comportamentais.


Para cada pessoa que menstrua, a TPM é sentida e vivida de maneira diferente. Entre cólicas e sensibilidade, existem casos em que esses sintomas podem indicar um problema mais sério. A manifestação mais severa dessa série de sintomas é conhecida como TDPM – transtorno disfórico pré-menstrual – e pode interferir seriamente na saúde da mente e do corpo. Para entender as principais diferenças entre a TPM e o TDPM, descobrir como amenizar cada um deles e conhecer formas de tratamento, continue lendo.



A TPM nada mais é que o conjunto de sintomas que antecedem a menstruação, sentidos pela maioria da população que menstrua. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 75% a 80% dessa população em idade reprodutiva sofre de TPM em algum nível. Durante esse período, hormônios como o estradiol e a progesterona influenciam neurotransmissores do bem-estar, como a serotonina, afetando o humor e causando sensibilidade.


Entre os sintomas mais comuns da TPM estão: irritabilidade, tristeza, cansaço, inchaço das mamas, dor nas pernas ou no corpo todo, cólicas, acne e alterações no apetite. Outros sinais podem aparecer, variando de pessoa para pessoa, e esse fenômeno pode ter início logo na primeira menstruação.



A menarca costuma acontecer entre os 10 e 13 anos, um pouco mais cedo ou mais tarde, dependendo dos outros sinais da puberdade. E, por falar nela, uma boa forma de contribuir para que a TPM perca o estigma de frescura ou motivo de vergonha é conversando sobre ela desde a infância.


Esteja preparado para esse momento: divida experiências, explique o que pode acontecer física e emocionalmente, converse sobre opções de absorventes e coletores, e, claro, demonstre abertura para tirar dúvidas. Se possível, ajude a desconstruir a ideia de que a menstruação é um impedimento para os esportes ou para brincar e manter uma rotina normal.



Apesar de ter o mesmo princípio, o TDPM, transtorno disfórico pré-menstrual, é considerado mais grave. Isso porque a disforia interfere na forma como a pessoa se vê, podendo confundir sentimentos e elevar as emoções ao extremo. Os casos são menos recorrentes – afetando cerca de 3% a 8% das pessoas que menstruam – e o transtorno é caracterizado quando a paciente relata conviver com 5 ou mais destes sintomas:

  • Depressão e melancolia

  • Autodepreciação e confusão com a própria imagem

  • Aumento da irritabilidade de forma persistente

  • Isolamento e mudança de hábitos sociais

  • Cansaço e falta de energia

  • Instabilidade afetiva

  • Muito sono ou ausência dele

  • Alteração no apetite e compulsão alimentar

  • Dificuldade para realizar tarefas cotidianas e falta de concentração

  • Sensação de inchaço generalizado, dores de cabeça e por todo o corpo

Se você reconhece muitos desses sinais na tensão pré-menstrual, procure seu médico.


Conhecer o próprio ciclo é uma boa maneira de se preparar para os dias de desconforto. Contar com uma bolsa de água quente, evitar alimentos cafeinados e tentar fugir do estresse são técnicas que podem funcionar para a TPM comum. Para saber a melhor forma de aliviar dores de cabeça ou cólicas, é importante consultar um profissional de saúde.

Já, no caso do TDPM, o tratamento varia caso a caso. A principal recomendação é manter uma vida saudável, com alimentação equilibrada, boa hidratação e prática de atividades físicas. A meditação e os exercícios de respiração também podem ajudar a relaxar.


Ao perceber que os sintomas são persistentes, incômodos e afetam sua qualidade de vida, procure um médico. A ajuda profissional é fundamental para indicar o tratamento adequado e, principalmente, oferecer acolhimento.



Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.

Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Fonte: Febrasgo




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