A tosse é um sintoma tão comum que muitas pessoas passam meses e até anos tossindo sem buscar um diagnóstico.
Mas esse mecanismo de defesa do organismo pode indicar inúmeras condições de saúde, das mais simples, como os resfriados, às mais sérias, como a tuberculose. Por isso, a tosse jamais deve ser ignorada.
Tosse seca x tosse produtiva
A tosse costuma vir associada a outros sintomas e identificar suas características pode dar uma pista sobre a causa do problema.
A tosse seca, como o nome diz, não produz secreção. Ela é irritativa, normalmente ligada a uma infecção viral, mas também pode ter outras causas, como o uso de remédios betabloqueadores no tratamento da hipertensão e a exposição a fatores externos (clima, poluição etc.). Já a tosse produtiva, popularmente conhecida como tosse com catarro, em geral, está ligada ao tabagismo ou a uma infecção pulmonar.
O aspecto da secreção também pode ser um guia para os médicos. Quando é fluida e clara, a secreção sugere alergias, infecções das vias superiores, asma e fumo. Quando é mais viscosa e varia de tons amarelados até marrom ou quase vermelho, pode indicar infecção bacteriana e pneumonia.
Quais são as principais doenças que causam tosse?
Como vimos, a tosse pode estar associada a diversas doenças, por isso, deve ser investigada por um médico. As descrições abaixo servem como guia para você observar melhor o sintoma e não substituem a avaliação de um profissional.
Resfriado
Geralmente causado por rinovírus, provoca tosse leve, coceira no nariz, irritação na garganta e secreções nasais, podendo levar à congestão. O tratamento é baseado no alívio dos sintomas.
Gripe
Causada pelo vírus influenza, costuma provocar tosse seca, além de febre, dores no corpo e cansaço. A melhor forma de preveni-la é tomando a vacina oferecida anualmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Refluxo
Acontece quando o conteúdo do estômago, que é ácido, volta para o esôfago, provocando inflamação e tosse seca. O sintoma costuma aparecer ao se deitar ou depois de comer.
Asma
Caracterizada por processo alérgico de origem imunológica no trato respiratório, costuma causar tosse seca à noite, após exercícios ou episódios de riso, além de chiado no peito e dificuldade expiratória, que dá ao paciente a impressão de estar com falta de ar.
Pneumonia
Causada por infecção viral ou bacteriana, a doença provoca tosse persistente, seca ou produtiva, que vai ficando cada vez mais intensa. Outros sintomas incluem febre, fraqueza e pontadas no peito. O tratamento deve ser iniciado o quanto antes.
Rinite e sinusite
A rinite pode ser viral ou alérgica e seus principais sintomas são espirros, coriza, coceira (nariz, olhos, garganta), obstrução nasal e tosse seca. Quando associada à sinusite, uma complicação comum da rinite alérgica, pode provocar, ainda, tosse produtiva, dor de cabeça, pressão na região dos seios da face e até febre.
Coqueluche
Doença transmissível bacteriana (Bordetella Pertussis) e especialmente perigosa em bebês. Causa tosse seca, intensa e persistente, além de barulho de guincho ao respirar. A vacinação completa é essencial para prevenção.
Tuberculose
Também transmissível, a tuberculose pode causar tosse seca ou produtiva por 3 semanas ou mais. A doença também provoca febre, sudorese, dor no peito e emagrecimento. O tratamento deve ser iniciado imediatamente.
Quando buscar um médico?
A principal orientação é observar o sintoma. Se a tosse for passageira, em geral, ligada à irritação viral leve ou a uma reação alérgica, desaparece em cerca de 3 a 5 dias. Nesse caso, não há motivo para preocupação.
Quando a tosse persiste e apresenta secreção, é importante buscar um médico para obter um diagnóstico.
Vale lembrar!
Seja qual for o seu caso, evite a automedicação. Mesmo aqueles medicamentos que podem ser comprados sem receita podem provocar reações se usados da forma incorreta.
Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.
Texto: Agência SA 365 | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Fontes: Fiocruz, Ministério da Saúde1, 2, 3, 4, Secretaria de Saúde de São Paulo, Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (1, 2).
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