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Resiliência na infância: como desenvolver brincando


Deixar de ver amigos e familiares, ficar sem escola, mais tempo em casa: foram muitas as mudanças impostas a crianças e adultos durante a pandemia. Nesse contexto, uma característica se tornou ainda mais importante: a resiliência emocional.

Em termos gerais, a resiliência é a capacidade de se adaptar e enfrentar mudanças ou situações traumáticas.

Indivíduos podem ter maior ou menor facilidade de reação. A boa notícia é que alguns hábitos e brincadeiras podem ajudar a aprimorar essa característica tão importante desde criança.


O que é a resiliência emocional?

Na física, resiliência é a capacidade de um material absorver impactos e voltar à sua forma original. Na psicologia, resiliência pode significar muitas coisas diferentes: recuperação de eventos traumáticos, superação de desvantagens e a capacidade de suportar o estresse.

Segundo a Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional, essa característica é também valorizada no mercado de trabalho: “a pessoa resiliente é mais preparada para ouvir um ‘não’ e encara essas negativas como incentivo para buscar um ‘sim’”.

Na cultura popular, resiliência é a famosa capacidade de fazer do limão uma limonada!


Como desenvolver a resiliência na infância?

Segundo estudos da área, o fator determinante para desenvolver a resiliência na infância é um relacionamento estável e comprometido com pelo menos um adulto de confiança. É preciso que a criança desenvolva autoestima e autoconfiança, mas que também saiba que tem com quem contar.

A seguir, listamos oito atitudes que ajudam a desenvolver a resiliência:

  1. Não resolver todas as vontades da criança: estimular que ela resolva sozinha algumas de suas necessidades (conforme a idade) aumenta a autoconfiança;

  2. Na mesma linha de raciocínio, em vez de dar respostas prontas, instigar que a criança pesquise ou imagine soluções possíveis;

  3. Estimular as amizades, a solidariedade e a troca de experiências, mostrar como as pessoas podem se ajudar;

  4. Dar oportunidades de escolha, para que a criança se veja como um agente de mudança;

  5. Valorizar esforços e progressos para estimular perseverança, prática e disciplina para aprendizados de longo prazo, como tocar um instrumento, aprender um esporte etc;

  6. Incluir na rotina da criança o tempo para brincar livremente, sem compromisso ou preocupações. O equilíbrio ajuda levar a vida com mais leveza;

  7. Ajudar a encarar com tranquilidade quando algo sai diferente do planejado e convidar a criança a pensar junto ações para resolver um desafio;

  8. Respeitar o momento de frustração, mas depois conversar sobre os aprendizados que uma situação ruim proporcionou.​


Brincadeiras que ensinam resiliência na prática


Só conseguiu imaginar sermões e discursos sobre as dificuldades da vida? Nada disso! É possível ensinar (e aprender) brincando. Confira três dicas:

  1. Que tal promover uma mudança de personagem na história ou de brinquedo no meio da brincadeira? Veja como seu filho reage à alteração e estimule-o a criar caminhos alternativos.

  2. Jogos (de cartas ou de tabuleiro) que misturam estratégia e sorte são boas oportunidades para mostrar que nem tudo está nas nossas mãos, mas que podemos nos adaptar às circunstâncias.

  3. Brincadeiras e desafios de longo prazo são perfeitos para ensinar que nem tudo é imediato: montar quebra-cabeças de maior número de peças; fazer atividades com tinta ou de papel-machê, que precisa esperar secar; juntar moedinhas para comprar algo que a criança queira; plantar uma semente na horta ou um feijãozinho no algodão; colorir uma ilustração mais detalhada, entre outras atividades.

Nem sempre é fácil (aliás, resiliência é sobre isso), mas reconhecer os aprendizados que situações desafiadoras – na vida ou na brincadeira – trazem, ajuda a criar adultos muito mais fortes.


Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil. Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil Fonte: Tempo junto, Guia Infantil, Sbie

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