A psoríase é uma doença dermatológica crônica, autoimune, não contagiosa e sem prevenção. Existem vários tipos, mas em sua forma mais comum a condição descama a pele e forma manchas brancas ou rosadas. O motivo por trás da doença ainda é desconhecido.
A condição não tem cura, mas tem tratamento. Além disso, há muitos estigmas em relação ao contágio, mas é importante ressaltar que ela não é transmissível.
Porém, a autoestima dos portadores da psoríase pode ser fragilizada pela desinformação e cobranças estéticas. Mas que remédio é melhor para combater o preconceito do que a informação?
Alguns fatores são recorrentes em muitas pessoas que desenvolvem a condição. Estresse e problemas psicológicos, clima frio, histórico familiar, obesidade e quadros infecciosos intensos são alguns deles.
Além disso, também aparecem no histórico de pessoas com a doença o uso de medicamentos como antimaláricos, medicamentos utilizados no tratamento da pressão alta e medicações para transtornos psicológicos como o lítio".
Algumas pesquisas sugerem que, para quem teve um quadro infeccioso agudo anterior, o corpo passa a liberar substâncias inflamatórias como forma de defesa. Supostamente, elas causariam o aspecto avermelhado das manchas.
Os indícios são diversos e podem surgir em qualquer pessoa, independentemente de gênero, faixa etária e etnia. Alguns sintomas são os mais comuns:
Manchas vermelhas ressecadas, com descamação esbranquiçada
Coceira, sensação de queimação e dor
Ressecamento e sangramento
Manchas escuras ou brancas após a melhora das vermelhas
Unhas mais grossas, amareladas e irregulares
Couro cabeludo com descamação
Dores nas articulações
As características das lesões e do local do corpo em que surgem podem ser diferentes em cada pessoa. A partir dessas diferenças, a doença pode ser classificada como:
Ungueal: afeta as unhas, seja nas mãos ou nos pés.
Gutata: aparece geralmente após infecções bacterianas e se manifesta nos troncos, braços, pernas e couro cabeludo .
Invertida: aparece nas regiões mais úmidas da pele (axilas, virilha e embaixo dos seios).
Pustulosa: acomete com lesões bolhosas e com pus.
Couro cabeludo: afeta essa região.
Artropática: provoca dores nas articulações.
Eritrodérmica: lesiona todo o corpo, e é acompanhada de febre e calafrios. É a mais rara.
Vulgar: acomete com manchas brancas e rosadas geradas pela descamação. É a mais comum.
Agora que você já se informou sobre os aspectos biológicos e já sabe que não há contágio, vamos falar do tratamento.
De acordo com o Ministério da Saúde, 80% dos casos de psoríase são leves e moderados. E tudo começa com o diagnóstico, que deve vir de um dermatologista. A doença não é detectável em exames de sangue, mas por meio de biópsia.
Confira alguns tratamentos da psoríase:
Tópico: com cremes e pomadas (casos leves)
Sistêmico: comprimidos e injeções (psoríase moderada a grave)
Biológico: também feito com injeções (casos graves)
Fototerápico: com sessões de luz ultravioleta (depende de cada cenário, não confundir com luzes de bronzeamento artificial)
Outro cuidado é regular a exposição ao sol. Porém, é crucial respeitar os horários e o tempo de exposição, que deve ser acordado com o médico.
Hábitos saudáveis amenizam o quadro. Com acompanhamento adequado, é possível conviver com a psoríase, lembrando que o tratamento médico é individualizado e deve ser seguido corretamente, sem tomar medidas por conta própria.
Além disso, é comum que as pessoas com essa condição precisem de acompanhamento psicológico, a fim de tratar fatores desencadeantes – como o estresse –, e para tratar quadros psicológicos associados. Assim, o tratamento ocorre de forma holística, incluindo a saúde mental.
Como você já sabe, a doença não tem cura, mas, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, reduz-se a gravidade e a quantidade de lesões.
Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.
Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Fontes: Fiocruz | Hospital Albert Einstein |Revista Eletrônica Acervo Científico | Ministério da Saúde
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