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O que a grávida não pode comer (e o que pode)?



Logo que se confirma uma gestação, nascem mil dúvidas. E palpites surgem por todos os lados, especialmente na hora das refeições: “precisa comer isso, não pode comer aquilo”. Algumas restrições são realmente indicação médica, mas outras apresentam um certo exagero.

Apesar de serem bem intencionados, os pitacos em excesso às vezes confundem e estressam a grávida. Neste texto, vamos reunir algumas dicas sobre quais alimentos de fato representam algum prejuízo para a gestação e quais são os nutrientes importantes para a saúde da gestante e do feto – além de tirar algumas das dúvidas mais frequentes nas buscas online.



Apesar de muitas restrições serem mitos, algumas são comprovadas cientificamente e fazem parte das contraindicações alimentares para gestantes. Confira a lista de alimentos que a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomenda evitar:

Bebidas alcoólicas: não existe quantidade segura e aumenta o risco de parto prematuro.


Cafeína: limite o consumo a uma xícara de café por dia para evitar complicações ao bebê. Lembre-se que chás-verdes ou preto, assim como chocolate, também têm cafeína na sua composição.


Carnes cruas ou mal cozidas: elas podem conter parasitas que causam a toxoplasmose, doença que pode ser transmitida para a placenta e para o bebê.


Peixes e moluscos crus: podem conter salmonela e provocar infecção intestinal.


Laticínios não pasteurizados, como leite direto da vaca e queijos artesanais: o processo de pasteurização é essencial para reduzir o número de bactérias e o risco de infecção.


Ovos crus: assim como os peixes crus, têm maior risco de contaminação por salmonela.


Alimentos ultraprocessados: embutidos, refrigerantes e biscoitos recheados aumentam o risco de diabetes gestacional e ganho de peso inadequado.

Gestantes precisam de uma alimentação saudável e equilibrada, com carboidratos (preferencialmente integrais), proteínas, vitaminas e minerais. Mas alguns nutrientes se tornam ainda mais importantes durante esse período. São eles:


Ferro: presente no feijão, lentilha, brócolis, ovos e carnes em geral, ajuda a evitar a anemia durante a gestação


Folato (ou ácido fólico): encontrado no fígado, verduras verde-escuras, leguminosas, amendoim, peixes, gema de ovo e frutas cítricas, o folato ajuda na formação do sistema nervoso do bebê.


Cálcio: ajuda no desenvolvimento cardíaco e ósseo do feto. Encontrado em laticínios, gergelim, sardinha, castanhas e vegetais verde-escuros.


Vitaminas A e C: presentes em frutas amarelas, laranjas e vermelhas, ajudam a fortalecer o sistema imunológico. A vitamina C ainda ajuda na absorção do ferro pelo organismo


Diante de tantos palpites e superstições, muitas grávidas recorrem aos mecanismos de busca da internet na hora que bate um desejo. Para ajudar, reunimos aqui respostas para as 6 perguntas mais frequentes:



Grávida pode comer sushi?

A resposta para a dúvida campeã entre as grávidas é que as grávidas podem comer sushi, mas aqueles que são selados. Isso porque, quando esses alimentos passam pela cocção, o risco de doenças diminui consideravelmente.


Se o desejo de comer sushi com peixe cru for muito intenso, a orientação é que se consuma em restaurantes confiáveis. Dê preferência àqueles que já frequentavam antes da gravidez sem nunca passar mal. De qualquer forma, é bom não exagerar na dose!


Além do risco de infecção por salmonela, já mencionado acima, é preciso considerar o risco de contaminação por mercúrio. Alguns peixes, como atum e cação, podem apresentar níveis mais altos dessa substância nociva à saúde.

Grávida pode comer camarão?

A grávida pode comer camarão e outros moluscos, desde que devidamente cozidos. Quando crus, apresentam risco de intoxicação alimentar por salmonela.

Grávida pode comer canela?

Apesar da crença popular de que a canela prejudicaria a fertilidade da mulher ou que induza contrações, nada disso encontra respaldo na ciência. Assim, a canela pode ser consumida normalmente. Aliás, a especiaria é ótima para dar um sabor especial a sobremesas com frutas, como banana, maçã e abacaxi. Não há especificação sobre quantidade máxima recomendada. A única observação da Febrasgo é não consumir suplementos (de canela ou qualquer outro) em forma de cápsulas sem a devida orientação médica.

Grávida pode comer abacaxi?

Sim! O consumo de todas as frutas não só é permitido, mas também recomendado como parte de uma alimentação balanceada. Porém, por ser uma fruta mais ácida, algumas pessoas podem sentir incômodos, como azia ou refluxo, ao comer abacaxi. A dica é prestar atenção a como seu organismo reage.

Grávida pode comer chocolate?

Grávidas que não tenham problemas com diabetes ou com obesidade podem comer chocolate. Mas, por conter cafeína, é recomendado que o chocolate seja consumido com moderação. O ideal é que o consumo diário não ultrapasse 30 gramas. Em alguns estômagos mais sensíveis, o açúcar e a gordura do chocolate podem provocar azia e enjoo.

Grávida pode comer amendoim?

O consumo do amendoim é permitido para as grávidas – inclusive, a leguminosa é fonte de ácido fólico, um nutriente importante para a gestação. A única restrição é, naturalmente, para pessoas que já sofram com a alergia a amendoim.

Muito importante: as explicações descritas neste artigo não substituem a consulta médica e o acompanhamento pré-natal durante toda a gestação. Converse com seu médico e não tenha vergonha de fazer perguntas.




Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.

Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Fontes: Febrasgo 1, 2, 3 | Einstein

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