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Novembro azul: os mitos dos exames de próstata



Você provavelmente já ouviu alguma piada sobre o exame de toque da próstata indicado para homens. Ainda há muitos mitos e tabus envolvendo o cuidado dessa região, apesar de ele ser vital para a prevenção de doenças como o câncer.


Há quem diga que o toque causa dor, que esse exame e o PSA são a mesma coisa ou até que o câncer de próstata diminui a virilidade. Isso não é verdade.



PSA é a sigla em inglês para antígeno prostático específico, uma proteína produzida pela próstata. O exame de sangue que identifica a quantidade dessa proteína no organismo leva o mesmo nome: PSA.


Ele é um exame de sangue comum (ou seja, só pode causar desconforto a quem tem medo de agulha).


Caso o nível de PSA esteja maior do que o normal, é necessário realizar outros exames.

Vale antecipar: a alteração no nível de PSA não é suficiente para o diagnóstico de câncer de próstata. Para isso, é preciso também o exame de toque e a biópsia.


Segundo o Ministério da Saúde, o índice de PSA pode estar normal em até 15% dos homens com câncer de próstata. Ou seja, apesar de sua importância, esse exame não substitui o de toque.

Eles são ferramentas que ajudam a identificar a doença, cada um com uma atuação própria. Enquanto o PSA detecta a produção da proteína, o toque ajuda a identificar alterações no tamanho, na superfície e em outras características físicas da próstata.


Caso haja alguma suspeita, o urologista consegue pedir com mais embasamento uma biópsia, a partir das informações cruzadas de ambos os exames. Esse mapeamento também ajuda a melhor elaborar um possível tratamento.


Este é um dos grandes mitos. Na verdade, o exame é indolor e rápido. O toque retal dura em média apenas 15 segundos.


Não existe consenso na comunidade médica sobre quando é apropriado começar os exames de rastreamento, mas é crucial abordar essa decisão em consulta com o médico.


Em linhas gerais, a conversa sobre esse assunto tende a começar por volta dos 40 a 50 anos, especialmente para aqueles com histórico familiar de câncer de próstata.


O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde não indicam os exames para simples rastreio. Porém, em casos de homens que fazem parte dos grupos de maior risco ou com sintomas, o exame é fundamental para o diagnóstico.

Os fatores de risco que precisam ser avaliados na consulta médica são:


Idade: o risco aumenta com o avançar da idade, especialmente a partir dos 55 anos.

Histórico de câncer na família: homens com pai, avô ou irmão que tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos fazem parte do grupo de maior risco, Nesse caso, o exame de rastreio é indicado


Sobrepeso e obesidade: o risco de câncer de próstata é mais elevado em homens com peso corporal mais elevado.

O câncer de próstata pode ser silencioso, principalmente no início. Mas é importante ter atenção aos seguintes sinais:

  • Dificuldade ou ardor ao urinar

  • Demora em começar e terminar de urinar

  • Sangue na urina

  • Jato de urina fraco

  • Aumento da frequência de ida ao banheiro

  • Dor na região do períneo

Esses mesmos sintomas podem ser indicativos de doenças benignas também. Mas, na presença deles, é fundamental realizar os exames para investigar.


A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) assegura que nenhum dos exames tem ligação com qualquer aspecto da sexualidade.

Por falar nisso, muitos acreditam que o tratamento do câncer de próstata pode comprometer a virilidade.


No entanto, a própria SBCO explica: é normal haver uma pequena redução da excitação sexual após o tratamento, mas o ritmo do corpo volta ao normal dentro de alguns meses a um ano.

Além disso, aproximadamente metade dos homens com bom desempenho sexual antes do tratamento se mantém assim até a conclusão.

29% dos diagnósticos de câncer em homens no país são de próstata, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Segundo o Ministério da Saúde, muitos casos poderiam ser evitados se a população masculina se cuidasse mais.


Manter uma rotina de exames e consultas é fundamental para mapear o corpo e alcançar o diagnóstico. Quando feito de maneira precoce, a chance de cura é de até 90%.

Buscar orientações médicas de confiança e conversar com sua família sobre seus receios e dúvidas pode te ajudar a desmistificar o assunto. Informação e afeto são formas poderosas de cuidado.




Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.

Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Fontes: Ministério da Saúde 1, 2 | Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica | Hospital Albert Einstein

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