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Motivação e constância: um pouco todos os dias


Comer frutas e verduras, beber água, caminhar, pedalar, cozinhar, meditar, encontrar amigos, estudar e separar o lixo são bons exemplos de práticas saudáveis. Elas fazem bem para o corpo, para a mente, para a carreira e para o planeta.


Muitas pessoas sabem disso e já ensaiaram mudanças nesse sentido. Mas é comum perder a motivação inicial e retomar velhos hábitos menos saudáveis.



Pense na sua rotina: quantas coisas você faz pela “força do hábito”? Pegar um café antes de começar a trabalhar, comer um doce depois do almoço, ligar a TV quando chega em casa, olhar as redes sociais nas pausas do dia. Nada disso nasceu com você, concorda?


São as recompensas dessas ações que fazem você repeti-las e as transforma em um hábito. Algumas dessas recompensas planejamos e buscamos a longo prazo, como, por exemplo, passar numa prova ou reduzir o colesterol. Ainda há aquelas mais imediatas, como descanso, socialização, prazer, orgulho, entre outras.


Pergunte-se: “por que faço tal coisa dessa determinada forma?”, “que sentimentos meus hábitos acionam?" e “por que quero fazer diferente?”. Identificar essas motivações de longo e curto prazo é um passo fundamental para buscar outras maneiras mais saudáveis de satisfazê-las.

Muito cuidado: mesmo que a pessoa esteja convencida e supermotivada a implementar uma mudança, a transformação radical pode trazer o efeito contrário se associada a memórias negativas.


Por exemplo, se você começar correndo cinco quilômetros no primeiro dia, é provável que se sinta exausto, com dores e não tenha vontade de repetir o feito. Da mesma forma, uma dieta radical pode despertar ainda mais vontade de comer, ou um livro muito longo e complexo pode reduzir a vontade de ler.


Por isso, é importante começar aos poucos e de uma forma que seja prazerosa para acostumar o corpo e o cérebro à nova rotina. Como defende James Clear no livro Hábitos Atômicos, evoluir 1% ao dia é mais eficaz do que querer mudar tudo de uma vez só.


Assim, a motivação leva à ação – mas só a constância e a repetição levam ao hábito.


Mas nem tudo é tão simples, sabemos. Estudiosos do comportamento humano apresentam diferentes teorias para a formação de hábitos, mas quase todos concordam que ela envolve motivações variadas (psicológicas, sociais e biológicas).


Mesmo para começar aos poucos, é importante se organizar para dar início a um novo hábito de forma consciente – até que ele fique pelo menos semiautomático.

Confira algumas dicas adaptadas do livro Hábitos Atômicos.

Entenda quais são as deixas para adotarmos um hábito: relacione-os com o que te motiva e com o que você já pratica. Por exemplo: logo ao acordar, alongue-se por 3 minutos e arrume a cama. Depois do café da manhã, vá para a academia ou faça uma caminhada. À tarde, lave a louça ouvindo um podcast e, em vez de deitar no sofá, que tal meditar por 5 minutos?

Torne a atividade mais desejável: caminhe em um horário de temperatura amena e convide um amigo para ir junto. Inspirar-se em pessoas que você se identifica e que fizeram mudanças de hábitos semelhantes.

Facilite a ação: tenha frutas em casa para a hora da fome, roupas e tênis adequados para malhar. Reserve horários para colocar tudo em prática. Da mesma forma, vale dificultar o acesso a tentações de hábitos que você queira se desfazer. Álcool, cigarro, guloseimas, celular na cama e botão de soneca no despertador são alguns exemplos.

Crie recompensas imediatas: foco no processo e não só na meta a longo prazo. Celebre cada conquista, parabenize a si mesmo, marque num calendário cada dia que você conseguiu cumprir o que se propôs e compartilhe seus progressos nas redes sociais ou com pessoas próximas.

Esses são apenas alguns exemplos. Cada pessoa precisa olhar com atenção para suas próprias motivações e buscar formas de encontrar recompensas. É um processo de avaliação e reavaliação constante. Com o tempo e a prática, cada escolha mais saudável vai se tornando um hábito, mesmo que em um primeiro momento pareça difícil. E seguimos evoluindo!



Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.

Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Fontes: SBIE | MIT


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