A doação de sangue é uma ação simples que pode salvar vidas. Entretanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como doar sangue, ou até mesmo medo.
Esse gesto ajuda a manter os estoques dos bancos de sangue sempre abastecidos, favorecendo quem precisa de uma transfusão de sangue, por exemplo.
Como funciona a doação de sangue
A doação de sangue é um procedimento rápido e seguro. Para ser um doador é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg e estar em boas condições de saúde.
Antes da doação, uma triagem é feita para checar se a pessoa está apta. Doadores com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente.
Se o doador for considerado apto, a coleta de sangue é realizada. Durante a doação, são coletados cerca de 450 ml de sangue, equivalente a cerca de 10% do volume sanguíneo total de um adulto.
Doação de sangue: o que é mito e o que é verdade?
Existem mitos sobre a doação de sangue que podem impedir as pessoas de doar. Vamos conversar sobre eles? Confira alguns dos mais comuns:
Doar sangue dói muito
Mito: A coleta de sangue pode causar um pouco de desconforto, mas não é um processo doloroso. Além disso, não costuma demorar.
De acordo com o Ministério da Saúde, o tempo médio é de 40 min (contando as etapas de cadastro, aferição de sinais vitais, teste de anemia, triagem clínica, coleta de sangue e lanche).
Menores de idade podem doar sangue
Verdade: Adolescentes com 16 e 17 anos podem doar sangue normalmente, pois fisicamente já estão aptos para o procedimento. Entretanto, é necessária a autorização dos responsáveis para fazer a doação.
O doador tem risco de contrair doenças
Mito: Todo o material utilizado é descartável e não reutilizável. Dessa forma é inexistente o contato com sangue de outras pessoas que possam ter alguma doença transmissível.
O sangue doado não será reposto pelo organismo
Mito: O sangue é composto, principalmente, pela combinação de plasma e hemácias (glóbulos vermelhos). A reposição do volume de plasma ocorre em 24 horas e a dos glóbulos vermelhos, em 4 semanas.
O que leva um pouco mais de tempo é a reposição do nível de ferro do corpo, sendo 8 semanas para os homens e 12 semanas para as mulheres.
O corpo funciona normalmente sem o sangue doado
Verdade: O organismo possui cerca de 5 litros de sangue, então a quantidade doada não compromete seu bom funcionamento.
Só vale ficar de olho na frequência de doações: o intervalo entre uma doação e outra deve ser de 60 dias para homens e 90 dias para mulheres.
A ingestão de álcool impede a doação
Verdade: Para que a pessoa possa doar sangue é necessário que não tenha ingerido bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas. Se a dose ingerida for superior a 40 ml, o prazo para doação passa a ser de 24 horas.
Quem teve dengue nunca mais pode doar
Mito: O organismo é capaz de criar anticorpos contra as infecções virais, como o caso da dengue, neutralizando o vírus. Entretanto, é preciso esperar um mês entre a doença e a liberação para doar sangue. Em caso de dengue hemorrágica, o tempo aumenta para seis meses.
Você sabia que uma única doação é capaz de salvar até quatro vidas? Seu sangue ajuda pessoas submetidas a tratamentos médicos, como transfusões, transplantes, cirurgias e tratamento oncológico.
A doação de sangue também pode chegar a pacientes com doenças crônicas, como a anemia falciforme e talassemia. Nestes casos, as pessoas podem viver com mais qualidade de vida.
Agora que está mais claro como funciona a doação, alguns mitos foram desvendados e você entende a importância de doar, que tal se tornar um doador? Seu gesto pode salvar muitas vidas e fazer a diferença na qualidade de vida de muitas pessoas.
Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.
Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Fontes: Pró-Sangue | Fiocruz | ABHH
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