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Diabetes e coronavírus: como se cuidar


O Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, foi instituído pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma forma de conscientizar a respeito da prevenção e dos cuidados para quem precisa conviver com a doença.


Em tempos de pandemia do novo coronavírus e, principalmente, de reabertura das atividades em vários lugares, é fundamental saber mais sobre os cuidados a serem tomados.

Diabetes e coronavírus: dúvidas frequentes


A pandemia do novo coronavírus trouxe outra preocupação para quem convive com diabetes: a doença é fator de risco para a COVID-19.

Isso porque qualquer infecção, viral ou bacteriana, se comporta de forma diferente em um paciente com uma glicemia descontrolada.

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), essas são algumas respostas para dúvidas frequentes sobre o tema:

  1. Quem tem diabetes tem maior risco de pegar COVID-19? A pessoa com diabetes não tem maior risco de se contaminar pelo novo coronavírus, mas tem maior risco de complicações pela infecção.

  2. Pessoas com diabetes controlado têm menos risco de complicações relacionadas ao novo coronavírus? Com os níveis de açúcar no sangue controlados, o risco de complicações pela COVID-19 é muito menor e quase igual ao das pessoas sem diabetes.

  3. Pessoas que têm resistência à insulina também estão nos grupos de risco? A pessoa que tem resistência à insulina, mas não tem diabetes, não está no grupo de risco para complicações.

  4. Pessoas com diabetes tipo 1 e pessoas com tipo 2 estão nos grupos de risco para COVID-19? O risco de complicações independe do tipo de diabetes.

Sabendo dos riscos, é preciso se conscientizar sobre os cuidados, vamos nessa?

Cuidados com o diabetes durante a pandemia – e sempre

Alimentação

A alimentação saudável e equilibrada é essencial para manter os níveis glicêmicos controlados. Alimentos in natura ou minimamente processados, como os cereais, legumes, saladas, leite, ovos e frutas devem ser prioridade.

Um prato nutritivo é composto por 25% de proteínas animal ou vegetal, 25% de carboidratos e 50% de vegetais, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, mas cada pessoa tem suas próprias necessidades nutricionais. Por isso, acompanhamento médico é importante.

Atente para os carboidratos, especialmente aqueles com adição de açúcar. Carboidratos são muito importantes para uma rotina alimentar saudável, mas, em excesso, podem afetar o controle da glicemia.

Exercício físico

A atividade física melhora o controle metabólico do diabetes: aumenta a captação da glicose e reduz a resistência à insulina. Além disso, traz inúmeros benefícios para a saúde física e mental.

Mesmo em casa, encontre o melhor tipo de exercício para você e siga uma frequência. Na dúvida, consulte um profissional.

Lembre-se de conferir a glicemia antes de começar. Carregue com você algum carboidrato de ação rápida, como, por exemplo, 3 balas, 150 ml de suco de laranja ou qualquer outro alimento que permita a liberação rápida de glicose, para casos de hipoglicemia.

Taxas de glicemia e glicose

Monitorar as taxas de glicemia é importante sempre. Com a pandemia, vale redobrar os cuidados, uma vez que o diabetes descontrolado é fator de risco para complicações.

A mudança na rotina também pode aumentar a ocorrência de hiperglicemia e hipoglicemia, que, como falamos, pode piorar um quadro de COVID-19. Aumentar a frequência de monitorização é importante.

Consulte seu médico sobre as indicações de periodicidade para fazer os testes durante a pandemia.

Não use álcool gel antes da punção capilar (a ‘picada’ para medir as taxas), pois pode interferir no resultado.

Medicação

Até hoje, não há indícios de que nenhum medicamento para diabetes aumente o risco de infecção para o novo coronavírus. Continue tomando seus medicamentos exatamente como antes.

Diante de qualquer dúvida, consulte seu médico. Não pare nenhuma medicação por conta própria, combinado?

A importância de manter bons hábitos

Agora é ainda mais importante garantir todos os cuidados necessários. Evitar complicações é o melhor caminho neste momento.

Você, como qualquer outra pessoa em uma situação como essa, pode se sentir desesperançoso, solitário e com medo. Mas, atentar-se à saúde mental e se manter firme à sua rotina de cuidados, na medida do possível, é fundamental.

Nossa sugestão é buscar um estilo de vida saudável, encontros, ainda que virtuais, com amigos e familiares, e momentos prazerosos.


Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil. Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil Fonte: SBD, Ministério da Saúde

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