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Desvendando o retinoblastoma


Nos últimos dias, muito tem se falado sobre um tipo de câncer que afeta, em sua grande maioria, crianças de 0 a 5 anos: o retinoblastoma. Um tumor intraocular maligno que atinge a retina – parte do olho responsável pela visão – de apenas um olho (unilateral) ou de ambos (bilateral). Muito raro, é responsável por cerca de 2,5 a 4% de todas as neoplasias pediátricas.


Falar sobre uma doença rara, além de trazer informações importantes para a sociedade, traz também um alerta tão importante quanto: o diagnóstico precoce. Quando o retinoblastoma é identificado logo no início, as chances de cura atingem um percentual de mais 90%.


Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, o retinoblastoma se desenvolve a partir de uma anomalia genética no cromossomo de número 13. Normalmente, o crescimento celular que causa este câncer é de forma natural, sem aviso prévio e sem ter sido causado por qualquer outro fator externo (hábitos alimentares, por exemplo).


Por se tratar de um câncer que aparece em crianças bem pequenas, que normalmente não desenvolveram completamente a fala e a capacidade de indicar quando estão sentindo algo, é possível dizer que o retinoblastoma não é fácil de ser identificado. É preciso muita atenção e observação da família e do pediatra que, a qualquer sinal, deve encaminhar o paciente ao oftalmologista.


O retinoblastoma pode ser percebido em ações do cotidiano, como por uma fotografia.

Normalmente, quando é usado o flash, os olhos saem vermelhos na imagem. Um sinal para este tipo de câncer é que o reflexo aparece esbranquiçado. O estrabismo também pode ser um sinal para a doença, mas são diversos fatores que podem causá-lo, então sempre peça orientação para o pediatra ou oftalmologista.

Diferente de outros tipos de câncer, o retinoblastoma é diagnosticado por avaliação clínica e não por biópsia - extração de tecidos para análise laboratorial. Este câncer é detectado em consultório através do exame de fundo de olho com a pupila dilatada.


Em alguns casos, ele pode ser identificado ainda na maternidade, no teste do olhinho. O mais importante para um bom diagnóstico é o tempo. O quanto antes ele for feito, maiores são as chances de cura. Para isso ser possível, é importante levar a criança ao oftalmologista no primeiro ano de vida ou pedir sempre uma avaliação mais profunda do pediatra nas consultas de rotina.



Adaptado para cada paciente, o tratamento para o retinoblastoma depende de diversos fatores como localização e tamanho do tumor, disseminação para além do olho (metástase) e prognóstico visual.


O manejo desse câncer envolve a quimioterapia, que pode ser por via intravenosa, intra-arterial, periocular (ao redor do olho) ou intraocular (no interior do olho). Em alguns casos, podem ser indicados métodos cirúrgicos (remoção do olho).


É muito importante que seja acionada uma equipe multidisciplinar com profissionais especializados como oftalmologistas, oncologistas, enfermeiros e profissionais de saúde mental, para que o tratamento ocorra de forma eficaz e alcance o resultado da cura.


Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.

Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Fontes: INCA | SBOP | CBO

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