top of page

Depressão infantil existe, mas pode ser vencida!



Depressão infantil é uma realidade para muitas crianças, especialmente agravada com a pandemia. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de depressão em crianças entre 6 e 12 anos aumentou de 4,5 para 8% em uma década.


É importante ressaltar que cada caso deve ser analisado individualmente, mas o histórico familiar de depressão e de outros transtornos mentais pode influenciar no desenvolvimento de um quadro depressivo na infância. O contexto social e familiar, se envolve violência ou abusos, bem como o tempo de exposição e o tipo de conteúdo a que a criança assiste nas telas, também devem ser averiguados com cuidado.


Desânimo ou tristeza que não passam são sintomas comuns de depressão em todas as idades. Mas, segundo a Associação Americana de Ansiedade e Depressão (ADAA), irritabilidade e/ou raiva persistentes são os sintomas que mais se destacam na depressão infantil.


Além desses, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) aponta sinais de alerta como o sentimento de culpa ou baixa autoestima, distúrbios do sono, desinteresse pelas atividades habituais ou brincadeiras e dificuldade de concentração.

Em crianças menores de 12 anos, os sintomas de depressão infantil podem incluir choro fácil, queixas somáticas como dor de barriga e nas pernas, ficar sem falar, movimentos involuntários, distúrbios do sono e irritabilidade ou acessos de raiva.

O que diferencia os sintomas de depressão infantil de “uma fase” ou de “característica da personalidade da criança” são, principalmente: a intensidade, a mudança de hábitos e a persistência do tempo.


Dessa forma, se os sintomas permanecerem por mais de duas semanas e causarem prejuízo funcional ou social à criança e à família é importante buscar ajuda profissional.



Quando há o diagnóstico de depressão infantil, o ideal é que criança e família façam um trabalho de psicoterapia. O pediatra pode fazer um encaminhamento para um profissional especializado.

O tratamento nessa faixa etária é importante para prevenir que os sintomas se estendam para a vida adulta. Afinal, segundo estudo da Universidade de São Paulo, 75% dos transtornos mentais dos adultos têm origem na infância.


Brincadeiras e atividades prazerosas, especialmente ao ar livre, costumam apresentar bons resultados de forma rápida. E os efeitos disso podem ser sentidos não só pelas crianças, mas pelos próprios adultos.


Técnicas de meditação e de atenção plena também têm impacto positivo, segundo a SBP. Além disso, “medicações ansiolíticas e antidepressivas podem ser usadas nos casos de depressão moderada a grave, quando prescritas por profissional que tenha experiência no manejo das classes de drogas que atuem no Sistema Nervoso Central”, explicam os especialistas da entidade.


Não pense que infância feliz significa ter as vontades da criança atendidas o tempo todo. Medidas que estabeleçam uma rotina em casa ajudam a organizar a vida e as emoções também. Confira algumas:

  • rotina de sono, com horário e tempo satisfatórios por idade

  • tempo e conteúdo de tela pré-estabelecidos de acordo com as recomendações por idade

  • brincadeiras ao ar livre

  • tempo de qualidade com os pais

  • acompanhamento sobre o desempenho na escola

  • atividades físicas e de lazer

  • técnicas de relaxamento ou meditação

Além disso, ter um canal aberto para conversar sobre os fatos do dia e as emoções envolvidas é fundamental para a saúde emocional das crianças. Alguns livros infantis ajudam a entender melhor os próprios sentimentos. A leitura conjunta à noite também pode ajudar a abrir o diálogo.




Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.

Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Fontes: NHS | SBP | OMS | USP


6 visualizações

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page