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Brincar para crescer e se desenvolver


Brincar é gostoso, ajuda a soltar o corpo e a dar boas gargalhadas, em qualquer idade. Na infância, é fundamental para o desenvolvimento e estimula funções físicas, linguísticas, sociais e de resolução de problemas.

Inclusive, brincar e se divertir são direitos fundamentais, previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente. Porém, segundo especialistas, os pequenos fazem isso cada vez menos, principalmente por conta do excesso de uso de telas.


As atividades lúdicas trazem muitos benefícios para as crianças. Entre eles estão o aprimoramento da coordenação motora e da linguagem e o fortalecimento de músculos e ossos.

Além disso, elas ajudam na socialização infantil. Aos poucos, as brincadeiras ensinam a convivência em grupo e o respeito a regras. Muitas ações cotidianas, como cozinhar, trabalhar e andar de ônibus, são ensinadas de uma geração para a outra com essas atividades.


Segundo a Academia Americana de Pediatria, as brincadeiras são divididas em quatro categorias:

  1. Brincadeiras com objeto: quando uma criança explora o formato e a textura do que está ao seu redor. Sabe quando seu filho pequeno faz de conta que um sapato é um telefone ou que uma caixa de papelão é um castelo? Esse tipo de atividade lúdica deve ser estimulada, já que aguça sua criatividade e habilidade motora.

  2. Brincadeira física: aqui se encaixam as brincadeiras de palminhas e “cadê-achou” que os pais fazem com os bebês. As “lutinhas”, corridas e pulos das crianças maiorzinhas também estão nesta categoria. Essas brincadeiras ajudam a compreender os limites do corpo, identificar perigos e a desenvolver a coordenação motora.

  3. Brincadeiras ao ar livre: o contato com a natureza ajuda na integração sensorial da criança. Ao perceber diferentes texturas, temperaturas e ambientes, ela ativa a coordenação motora fina e grossa e se vê como parte do ambiente à sua volta. Por isso o recreio escolar é tão importante, pois a criança tem a oportunidade de compartilhar essas descobertas com outras que estão em fase parecida.

  4. Brincadeira social ou faz de conta: aqui, apesar do nome, também é possível brincar ou fantasiar sozinho. Esse tipo de brincadeira envolve atividades que as crianças copiam de adultos ou personagens. Fazer de conta que é um astronauta, um personagem de um filme ou que está cozinhando para uma família de pelúcias. Simulações como essas desenvolvem a capacidade de abstração e a criatividade, bem como preparam para as negociações com as pessoas de seu convívio.

Mexer o corpo é uma orientação válida para a vida toda. E começa desde os primeiros meses e anos de vida, cruciais para a capacidade motora e cognitiva.


Nesse período, você pode focar em atividades lúdicas. Os bebês devem ser incentivados a se movimentar várias vezes ao dia. Isso estimula a descoberta do potencial do próprio corpo e do mundo ao redor.

No entanto, não se deve forçar demais. A brincadeira precisa ser prazerosa para a criança. Confira a sugestão de tempo mínimo segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria:



Crianças com até 2 anos devem fazer, em média, 3 horas de atividade por dia (fracionadas). Andar, saltar e até correr são bons estímulos. Sempre que der, junte seu filho a outras crianças e veja como elas são capazes de inventar brincadeiras juntas. E, claro, tenha sempre a supervisão de um adulto por perto.

Ah! E para a Sociedade Brasileira de Pediatria até os 2 anos a criança não deve ser exposta a telas.

Do 3º ao 5º ano, recomenda-se que o tempo diário de tela não ultrapasse 2 horas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a partir dos 5 anos deve-se fazer pelo menos uma hora de atividade por dia. A sugestão vale até a adolescência.


Os estímulos devem fortalecer os músculos, acionar a flexibilidade e a capacidade aeróbica. Quais? Brincar de pega-pega com outras crianças e adultos e, se possível, nadar, andar de bicicleta ou saltar num pula-pula.

Atividades de “faz de conta” e de atuação/simulação são muito comuns nessa fase e podem ser estimuladas.

Aqui, a prática de esportes e lutas também é uma boa ideia. Balé, natação ou judô: tanto faz! O mais importante é que a criança/jovem sinta prazer com a modalidade escolhida.

É válido ressaltar um ponto sobre esse período: de acordo com estatísticas, seu filho pode ficar mais sedentário em relação aos anos anteriores, e até em comparação com o futuro.

Segundo estimativas globais analisadas pela Sociedade de Pediatria de São Paulo, um em cada quatro adultos não atende à recomendação de atividades físicas da OMS de 150 a 300 minutos semanais. Entre os adolescentes, esse índice salta para três a cada quatro.

Estimule o jovem a fazer atividades com amigos, especialmente as coletivas para melhorar o convívio social (como futebol, vôlei, basquete) – ou junte-se a ele.




Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.

Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Fontes: Sociedade Brasileira de Pediatria 1, 2 | Academia Americana de Pediatria

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