“Nossa, você está muito magra!”; “Fulano está imenso de gordo”; “E essa barriguinha aí?”; “Não vai fazer um tratamento para crescer cabelo?”; “Podia se cuidar mais”...
Comentários como esses são exemplos do chamado body shaming. A expressão em inglês se refere ao ato de envergonhar alguém pela sua imagem.
Por serem tão frequentes no cotidiano, muitas pessoas não se dão conta do quanto essas brincadeiras ou piadas podem ser prejudiciais.
Neste texto, além de entender o que é o body shaming, vamos falar sobre dois movimentos que surgiram como reação a ele. Tanto o Body positive quanto o Body neutrality têm abrangência internacional e vêm ajudando muitas pessoas a terem uma relação mais saudável com o próprio corpo.
Body Shaming é um tipo de agressão verbal feita através de comentários depreciativos sobre a aparência física de alguém – altura, peso, forma ou características do rosto, do cabelo, da pele etc. As frases citadas no início do texto são apenas alguns exemplos disso.
Presencial ou on-line, como piada ou de forma direta, o Body Shaming pode machucar.
Depressão, ansiedade e distúrbios de imagem e alimentares estão entre os possíveis impactos dessas manifestações. Isso sem contar que, algumas vezes, a aparência pode estar relacionada a alguma condição ou doença que a pessoa esteja enfrentando.
Além de abalar a autoestima de quem recebe a crítica direta ou indiretamente, o Body Shaming ainda reforça a ideia de que todas as pessoas deveriam fazer parte de um determinado padrão.
Por não atender à expectativa social ou por medo de chacota, há quem se isole ou deixe de frequentar certos espaços, como praias e piscinas. Há também quem se submeta a procedimentos estéticos dolorosos para chegar mais perto de um suposto ideal de beleza.
Felizmente, cresce a valorização da beleza de diferentes tipos de corpos. Movimentos internacionais como Body Positive e Body Neutrality surgem em reação ao julgamento social de quem não atende a um padrão.
Body Positive, ou Body Positivity (em tradução livre, corpo positivo ou positividade corporal):
o movimento é fortemente ligado ao empoderamento feminino e incentiva as pessoas a amarem seus corpos do jeito que são, independentemente de celulites, estrias, cicatrizes, gordura corporal ou qualquer outra característica individual.
Body Neutrality (neutralidade corporal):
esta abordagem prega que as pessoas não precisam passar a amar ou achar lindas características físicas que não gostem, mas sim reduzir a carga da aparência física na construção da autoestima. Em resumo, é uma visão mais neutra e funcional do próprio corpo.
Os dois movimentos são complementares na valorização da diversidade e do respeito entre as pessoas. Você pode amar seu visual, querer mudar algum aspecto ou nem ligar muito para isso. O que não tá com nada é julgar, excluir ou ridicularizar qualquer pessoa pela aparência.
Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.
Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Fontes: Estadão | Ordem dos Psicólogos
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