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Asma: sintomas e causas


A asma é uma doença crônica das vias aéreas que atinge cerca de 300 milhões de pessoas no mundo e, segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 10% da população brasileira.


Aprender mais sobre como e por que ela se desenvolve contribui para que as pessoas busquem o tratamento adequado e se previnam contra crises.


Asma: causas da doença

A asma brônquica, chamada simplesmente de asma, é causada pelo estreitamento dos brônquios. Eles são os canais que levam ar até nossos pulmões, mas, em quem tem asma, são mais estreitos por conta de uma inflamação, o que dificulta a passagem do ar e, consequentemente, a respiração.




O diagnóstico da asma é feito pelo médico ao estudar o histórico da pessoa e investigar os sintomas. Se o médico achar necessário, também pode ser feita a espirometria, exame que avalia o fluxo de ar no pulmão.


Alguns fatores de risco podem desencadear o quadro:

  • Predisposição genética: familiares que também tenham a doença

  • Fatores ambientais, como mofo, ácaros, poeira, poluição e outros

  • Excesso de peso

  • Fatores hormonais


A asma apresenta alguns sintomas bem característicos. São eles:

  • Dificuldade para respirar

  • Tosse seca (sem catarro)

  • Sensação de aperto e chiado no peito

  • Respiração curta e rápida

Esses sintomas podem variar conforme o tempo, já que a asma pode desencadear alguns períodos de crise e outros com poucos ou nenhum sintoma.


Além disso, os sintomas podem piorar após a realização de exercícios físicos e esforço, no contato com a poluição e em resposta às mudanças de estação.


Aliás, a asma precisa de atenção redobrada no inverno, já que é um período em que usamos roupas guardadas há muito tempo e ficamos mais em lugares fechados.



A asma é uma doença crônica que não tem cura e, por isso, demanda um acompanhamento contínuo com profissionais da saúde.


A pessoa com asma pode ficar com poucos ou nenhum sintoma e manter a doença controlada com tratamentos adequados.

Então, qual é o tratamento da asma?

O tratamento para a asma dependerá do caso, por isso é fundamental procurar um médico e manter o acompanhamento sempre.


Para algumas pessoas é recomendado o uso de medicação que controla os sintomas. Esses medicamentos podem ser de dois tipos complementares: aqueles que evitam e previnem crises graves e aqueles que amenizam sintomas em casos de piora.

A bombinha de asma


Aquela bombinha de asma é, na verdade, o recipiente pelo qual as pessoas com asma podem inalar os medicamentos, que podem ser vários. Ela deve ser usada quando necessário e da maneira indicada pelo profissional que acompanha o caso. Trata-se de mecanismos seguros e eficazes de tratamento. Basta usar conforme a orientação.


A asma pode ser classificada em cinco tipos, a depender da sua causa:

  • Asma alérgica ou atópica: causada por alergia. O organismo identifica um alérgeno (como a poeira, por exemplo) como um corpo hostil e produz uma reação imunológica, que provoca a diminuição da luz dos brônquios.

  • Asma induzida pelo exercício: quando o estreitamento dos brônquios acontece depois de atividade física intensa.

  • Asma profissional: causada no ambiente de trabalho pelo contato com, por exemplo, produtos químicos, produtos de cabeleireiro, produtos de limpeza e outros.

  • Asma por medicamentos: desencadeada por uso de determinado remédio.

  • Asma intrínseca: aquela em que não se consegue identificar a causa.

Curiosidade: você sabe a diferença entre asma e bronquite? Ambas as doenças são caracterizadas pelo estreitamento dos brônquios, conforme explicamos no tópico “Asma: causas da doença”, mas existem duas diferenças principais: - A asma é crônica, enquanto a bronquite pode não ser. Neste caso, chamamos de bronquite aguda e é passível de cura. - A asma é causada pelo contato com alérgenos ou pelo esforço físico. Já a bronquite é causada por infecção por vírus ou bactéria ou desenvolvida pelo contato prolongado com a fumaça do cigarro

Se você está se perguntando qual a diferença entre a asma e a bronquite crônica, ela está na manifestação da doença. A asma tem períodos de melhora e de crises, já a bronquite crônica apresenta uma tosse contínua por pelo menos alguns meses.


As crises de asma podem surgir em momentos inesperados, mas alguns hábitos podem ajudar a evitar que elas aconteçam, controlando os sintomas da doença. São eles:

  • Evite fumar ou ter qualquer contato com a fumaça do cigarro, que faz muito mal para pessoas com asma

  • Limpe frequentemente tapetes, cortinas, bichos de pelúcia, livros e quaisquer outros objetos que possam acumular poeira e ácaros

  • Mantenha a casa limpa e ventilada sempre que possível

  • Não deixe de fazer atividade física, pois isso é parte fundamental da saúde de todas as pessoas. Porém, garanta que seja feita de forma moderada, conforme a indicação de seu médico

  • Tome a vacina contra a gripe regularmente, pois a doença pode piorar o quadro de asma

  • Evite exposição em excesso a tudo o que pode desencadear alergias (mofo, poeiras, entre outros) e busque saber se você tem alergia a algo em específico

O que fazer em ataques de asma?

As crises de asma podem apresentar alguns sintomas: temperatura acima de 37 graus, batimento cardíaco acima de 110 e falta de ar.


Caso alguém que você conheça, incluindo crianças, tenha uma crise de asma, existem algumas ações possíveis para controlar a situação:

  • Tente, ainda que seja difícil, manter a calma para não deixar a pessoa em crise mais ansiosa

  • Se estiver em lugar fechado, busque abrir janelas e ventilar o espaço ou até levar a pessoa para fora

  • Sugira que a pessoa incline o tronco para frente e coloque as mãos nos joelhos

  • Oriente a pessoa a respirar devagar e expirar

  • Se a pessoa tiver remédios próprios para esse momento, dê o remédio na proporção indicada anteriormente pelo médico

  • Caso a pessoa não melhore, busque atendimento médico

Se for você que tiver o ataque de asma, tente seguir os passos da mesma forma. Geralmente, com esses cuidados, a crise irá passar.


No entanto, existem raros ataques graves e os sintomas são um pouco diferentes: pele azulada, indicando falta de oxigênio no sangue, respiração curta, queda de pressão arterial e/ou da frequência cardíaca, exaustão, confusão mental. Diante de qualquer um desses sintomas, é necessário levar a pessoa para o pronto-socorro.


Como a asma é uma doença respiratória, no começo da pandemia de COVID-19, acreditava-se que ela poderia ser um fator de risco, ou seja, que pessoas com asma teriam uma tendência a se infectar mais facilmente e/ou desenvolver versões mais graves da doença.


Porém, estudos mais recentes têm demonstrado que pessoas com asma não apresentam um risco maior de infecção.


Em relação ao desenvolvimento de versões mais graves da doença, os estudos mostram que casos de asma leves e moderados não estão diretamente relacionados a um maior nível de internação, intubação e mortalidade, com chances similares a pessoas sem asma.


No entanto, casos graves de asma aparentemente estão, sim, associados a quadros mais graves de COVID-19.


Assim, a asma grave, ou seja, aquela que necessita uso recorrente de corticoides sistêmicos e que tem histórico prévio de internação, é uma das comorbidades selecionadas para priorização da vacinação contra COVID-19, conforme explicitado no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.


Em todo caso, manter os hábitos de prevenção é essencial:

  • Siga usando máscara limpa sempre que precisar sair de casa e escolha máscaras que vedam mais o ar quando for em lugares de maior risco

  • Se for necessário sair de casa, mantenha o distanciamento físico e evite aglomerações

  • Higienize as mãos com álcool gel 70% sempre que encostar em objetos e superfícies fora de casa

  • Lave bem as mãos com água e sabão várias vezes ao dia

  • Só leve a mão ao olho, nariz e boca quando ela estiver higienizada

  • Vacine-se, assim que chegar a sua vez


Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.

Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Fontes: SBTP, Ministério da Saúde

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