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Grávida em tempos de coronavírus: e agora?


Dúvidas e inseguranças normalmente acompanham as grávidas, mesmo em tempos ditos normais. É natural que as preocupações com a gestação, o parto e o bebê aumentem no período da pandemia do novo coronavírus.


Por isso, reunimos aqui um pouco do que já foi descoberto sobre a relação da COVID-19 com a gestação e os cuidados que as famílias podem tomar.


Importante lembrar que estudos nessa área ainda são recentes e que as orientações podem mudar. Converse sempre com o médico da sua confiança.

Gestantes são grupo de risco elevado para coronavírus?

Ainda não existe uma resposta definitiva da ciência para essa pergunta. De acordo com estudos iniciais realizados especificamente sobre o novo coronavírus, não foram encontradas evidências de que grávidas tenham maior risco de desenvolver complicações graves da COVID-19.


Esses estudos apontam ainda que não há transmissão da mãe para o feto. Também não foi detectado vírus nas amostras de leite e líquido amniótico de mães infectadas.


No entanto, as mudanças fisiológicas ocorridas durante a gestação tendem a deixar as mulheres mais vulneráveis a infecções em geral. Tendo isso em conta, no Brasil, o Ministério da Saúde incluiu as gestantes no grupo de risco. O mesmo vale para puérperas até duas semanas após o parto, incluindo as que sofreram aborto fetal.

O que muda para as grávidas em tempo de isolamento social?

As orientações de cuidado e prevenção são iguais às da população em geral: manter o distanciamento social, lavar as mãos com frequência, usar máscaras quando precisar sair de casa.


Para gestantes que não apresentam sintomas de gripe, existe uma saída periódica mais que recomendada: a consulta de pré-natal.


A consulta mensal é importante para acompanhar o estado geral de saúde da gestante, bem como prevenir e tratar quaisquer patologias da mãe ou do feto.


A atenção precisa ser redobrada aos sinais de hipertensão e diabetes durante a gestação. De acordo com estudos em mulheres não gestantes, esses quadros aumentam o risco de desenvolver formas graves de COVID-19.


Converse com seu médico: os consultórios devem estar preparados com as melhores práticas de higiene, sem aglomerações, monitorando e isolando qualquer caso suspeito de síndrome gripal. Não se esqueça: também a paciente deverá usar máscara e lavar as mãos antes e depois da consulta.


Para as gestantes que estão com sintomas gripais e estejam em isolamento domiciliar, o recomendado é reagendar a consulta para o período posterior ao término do isolamento (14 dias desde a apresentação dos sintomas).


Em casos de emergência, segundo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o ideal é que sejam atendidas em ambiente dedicado ao atendimento de pessoas com sintomas da COVID-19, tomando todas as medidas de segurança.


A instituição destaca a ajuda que a telemedicina pode oferecer no acompanhamento de casos durante o isolamento domiciliar. Eventuais casos de internação serão avaliados por equipe interdisciplinar, incluindo infectologistas e obstetras, conforme a gravidade.

Parto normal ou cesárea?

Essa é uma dúvida frequente e deve ser discutida com o médico que acompanha o pré-natal.

Segundo a Febrasgo, mesmo em casos de mulheres infectadas pelo novo coronavírus, o parto normal (via vaginal) é o mais indicado. Em casos de maior gravidade ou insuficiência respiratória, a cesárea deve ser uma opção.


Com ou sem sintomas de COVID-19, o ambiente hospitalar é o mais adequado para diminuir a morbimortalidade de mãe e bebê. As maternidades e hospitais adotam normas de segurança e cuidados específicos para redução do risco de transmissão de doenças.


Além disso, pacientes suspeitas ou confirmadas para COVID-19 devem ser internadas em hospitais de referência, para mais eficácia em eventuais complicações para a mãe ou para o bebê.

O bebê nasceu. Posso amamentar com COVID-19?

Até o momento, não foi detectada a presença do novo coronavírus no leite de mulheres infectadas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mulheres que estejam em boas condições de saúde, mesmo com a COVID-19, podem amamentar. Nesse caso, é fundamental a utilização de máscara e higienização correta das mãos.


Independentemente da pandemia, recém-nascidos devem ficar longe de aglomerações, já que o sistema imunológico deles ainda está se formando. O ideal, por enquanto, é adiar as visitas e focar nos cuidados com o novo membro da família e a mamãe.

Quais os cuidados com o recém-nascido?

Os cuidados essenciais com o bebê após o nascimento são muito importantes. Especialmente as vacinas e as visitas ao pediatra para controle de peso e saúde do recém-nascido não devem ser adiadas. A cada consulta, o médico vai orientar sobre os retornos.


Além disso, restringir as visitas é uma medida muito importante para reduzir o risco de contaminação, tanto para a mãe, quanto para o recém-nascido. O isolamento social é a melhor medida, neste caso. O ideal é que as visitas sejam adiadas para quando a pandemia estiver sob controle. O uso de videochamadas, vídeos e fotos pode minimizar a distância de parentes próximos e outras pessoas queridas que queiram ver a criança.

Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil. Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil Fonte: Febrasgo, Ministério da Saúde

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