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12 formas de estimular o desenvolvimento infantil


Ao longo do primeiro ano de vida, o bebê desenvolve habilidades como sentar, reagir a estímulos, engatinhar e imitar gestos.


Mas é entre o primeiro e o terceiro aniversários que as principais habilidades motoras, cognitivas e sociais que transformam o bebê em criança começam a acontecer. É quando ele ganha mais firmeza nos passinhos e mais clareza na comunicação.


O que esperar do desenvolvimento da criança entre 1 e 3 anos

Prepare-se para um período de muitas descobertas e aprendizados junto ao bebê que começa a se transformar em criança. Neste pouco tempo, os primeiros passinhos logo viram corridas (e alguns tombos); os balbucios começam a se transformar em frases; e a manifestação de vontades fica cada vez mais forte.


Entre 12 e 18 meses: é esperado que o bebê já caminhe com equilíbrio, consiga chutar uma bola, beba água segurando o copinho, produza alguns dissílabos para se comunicar (mamã, papá, ága), abra e feche caixas ou potes e monte torres de duas ou três peças.


De 18 a 24 meses: nessa faixa etária, a criança já sobe e desce degraus baixos, desvia de pequenos obstáculos, come segurando a colher, nomeia alguns objetos cotidianos, fala frases com até 3 palavras (ainda que com a pronúncia imperfeita), começa a usar pronomes, segura um brinquedo enquanto caminha, é capaz de abrir e fechar tampas com rosca e de identificar cores e formas.


De 24 a 36 meses: entre dois e três anos, os movimentos dos membros inferiores já estão mais dominados, a criança consegue pular e pedalar um triciclo. Segura copo e talheres com mais destreza, monta torres com mais de três elementos. Ao iniciar o processo de individuação, começa a demandar maior autonomia, opor-se aos comandos dos pais dizendo “não”, querendo fazer as coisas por conta própria, como vestir-se, comer, escovar os dentes.


Por não conseguir fazer tudo o que quer na hora em que deseja, pode se sentir frustrado e manifestar-se nos famosos "ataques de birra”.


Isso acontece porque, apesar de já conseguir entender quase tudo o que é falado, o bebê/criança ainda não tem habilidade para lidar com todas as emoções. A “birra” é a forma como ele tenta se libertar dos sentimentos ruins, seja se debatendo, gritando ou chorando.


Por causa disso, a fase é também conhecida como “terrible two” – ou “os terríveis dois anos”. Mas, calma, eles ficam menos terríveis quando o adulto compreende o que está acontecendo e vê isso como parte importante do desenvolvimento emocional da criança.


Diante dos “ataques”, é importante que o adulto se mantenha calmo e atento para a criança não se machucar. Alguns minutos depois, ela pode ser acolhida e conseguirá ouvir o que você tem a dizer sobre o fato ou sentimento desencadeador.


Outro marco importante que pode acontecer por volta dos 30 meses de vida é o controle dos esfíncteres, quando a criança avisa ao fazer xixi ou cocô. A maturidade para o desfralde pode acontecer nessa época, mas também é comum que ele seja completado só por volta dos quatro anos.


Como estimular o desenvolvimento motor, cognitivo e social

O melhor estímulo ao desenvolvimento do bebê é oferecer um ambiente afetuoso, seguro, com liberdade para explorar e autonomia para tentar fazer as coisas sozinho. O suporte carinhoso e atento de um adulto já é tudo o que ele precisa.


Todas as atividades, e não só as que entendemos como brincadeiras, são oportunidades de estimular a criança. Confira 12 dicas:


  1. Converse com ela durante as atividades e fale com clareza para que ela observe os movimentos da sua boca

  2. Na hora da alimentação, converse sobre os sabores, estimule a criança a falar o nome dos alimentos e a comer sozinha. Faz sujeira, mas desenvolve maior autonomia

  3. O banho é um bom momento para falar o nome das partes do corpo, teste os comandos: agora lave o pé, o joelho, o pescoço

  4. Sempre que possível, reserve um tempo maior para vestir a criança. Deixe ela tentar sozinha, mas sem pressão: acolha eventuais frustrações, ajude quando solicitado e comemore cada conquista

  5. Estimule o contato com a natureza. Andar de pés descalços na grama, na terra, em pisos irregulares ajuda a fortalecer a musculatura dos pés

  6. Brinque de bola. Essa atividade estimula a coordenação motora de pés, pernas, mãos e braços. Além disso, desenvolve a noção de compartilhamento (“minha vez”, “sua vez!”) e a sociabilidade

  7. Deixe que brinque com potes na cozinha. Abrir e fechar tampas, construir torres, empilhar e derrubar são ações que incentivam o planejamento e a coordenação motora

  8. Observe as brincadeiras. Jogos simbólicos, como fazer comidinha com areia ou massinha de modelar, além de estimular a coordenação motora fina das mãos, também são ótimas formas de observar como seu filho está percebendo e imitando a realidade

  9. Estimule amizades com outras crianças, sem pressão para que compartilhem brinquedos. Aos poucos, eles vão aprendendo as regras de convivência social, como não bater, esperar a sua vez, respeitar o espaço do outro. Ao moderar conflitos, é importante acolher eventuais choros das duas partes e explicar os sentimentos envolvidos dos dois lados. Estimular a empatia é um trabalho de repetição

  10. Leia para a criança e permita que ela manuseie os livros, converse sobre as figuras, brinque de imitar os sons e movimentos de animais, por exemplo

  11. Promova artes plásticas sem esperar resultados “bonitos” ou certinhos. O ato de rabiscar desperta a imaginação, permite a expressão das ideias e o controle dos movimentos. Ao ter contato com papel, tintas laváveis, giz de cera (em bastão para os menores), a criança experimenta as texturas, as cores, formas de segurar. Conforme o nível de linguagem, peça que ela explique o que desenhou para estimular a criação de narrativa e a criatividade

  12. Cuidado com o estímulo em excesso! O interesse em relação a cada uma das brincadeiras varia de acordo com a personalidade da criança. Respeite e observe as reações para não forçar algo que ela ainda não esteja pronta


O que fazer em caso de suspeita de atraso no desenvolvimento

O tempo de desenvolvimento varia individualmente, assim como os interesses. É preciso cuidado com expectativas muito altas ou comparações com outras crianças.


De qualquer forma, além de observar em casa, é importante conversar com educadores sobre o comportamento e evolução da criança na creche ou escolinha.


As consultas ao pediatra seguem sendo essenciais para avaliar o desenvolvimento. Mas, em vez de serem mensais, podem passar a ser trimestrais ou variar de acordo com o profissional e necessidades da criança.


Em casos de atraso na fala ou motor, alguns exames neurológicos ou de audição podem ser solicitados e o acompanhamento de profissionais de psicopedagogia, fonoaudiologia ou fisioterapia pode ser recomendado para auxiliar os pais no estímulo adequado.


O essencial é que não falte apoio à criança que está se desenvolvendo, para que ela cresça, se conheça e confie no seu potencial.



Este artigo foi publicado no Portal de Saúde - Unimed Brasil.

Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil

Fontes: Blog da saúde, PIM - Primeira Infância Melhor, Fundamentos do Desenvolvimento Infantil

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